Feridas Emocionais e o processo de ultrapassar a dor

Todas as crianças já se sentiram magoadas em algum momento da infância.  

Seja com traumas profundos ou infâncias saudáveis, em algum momento percecionamos, registamos e interpretamos um evento de forma negativa, sentindo dor e ficando com uma ferida no coração.  

Em algum momento da nossa infância vamos percecionar e sentir falta de atenção, de amor, de apoio, de proteção, de inclusão…  

Isso gera sentimentos de insignificância, incapacidade, falta de merecimento e falta de amor. E a partir daí, desenvolvem-se vários bloqueios. 

Depois, à medida que vamos crescendo, vamos arranjando estratégias para lidar com a dor: 

– A criança que recebeu muitas críticas ou disciplina mais rígida na infância, cria interiormente um crítico severo. Critica-se constantemente primeiro que tudo a ela própria porque acredita que assim se protege das críticas que vêm do exterior. 

– A criança que aprendeu que o amor não é dado gratuitamente, que tem de ser “merecido” acredita que precisa de fazer algo para merecer o amor dos outros, e molda o seu comportamento na busca incessante de agradar para ser amada. 

– A criança que viveu uma situação ambígua e com pouca estrutura, com vínculos percecionados nas pessoas que a rodeiam por vezes amorosos e outras vezes duros ou insensíveis, carrega interiormente um sentimento exagerado de desconfiança em relação a tudo e a todos. 

– A criança que sofreu o abuso da sua inocência, seja verbal ou físico, vai criar uma máscara protetora de “eu sou forte”, testando os outros com a sua força, nunca mostrando a sua vulnerabilidade e com muita dificuldade em pedir ajuda.  Ou desenvolve outra proteção com a máscara de “eu não sinto”, bloqueando o acesso aos seus sentimentos e dando prioridade às suas capacidades mentais. 

Esses bloqueios causam-nos dor, problemas nos relacionamentos, interrompem o fluir da vida e surgem nos momentos mais inoportunos ou nas decisões mais difíceis. 

Vasculhar a infância na busca da raiz pode trazer medo de reviver tudo outra vez e por vezes tentamos racionalizar a achar que não temos nada para trabalhar.  

Mas enquanto não nos abrirmos para ir a esses lugares onde ficaram guardadas as memórias e as dores do processo de crescer a nossa criança ferida vai permanecer sozinha num quarto escuro, a chorar porque se sente abandonada e a sentir a dor do que tentamos com tanto cuidado evitar. 

Ou como tão bem disse Fernando Pessoa: 

“Trago comigo as feridas de todas as batalhas que evitei.” 

Sabendo que os nossos pais fizeram o melhor que souberam e conseguiram, agora connosco adultos é o momento de assumir o papel deles como nosso, encontrar essa criança, acolher a sua dor e oferecer o amor que ela precisa como início do caminho para curar as feridas.  

Ao trabalharmos na resignificação dessas experiências de vida através de técnicas e exercícios conscientes e inconscientes (usando por exemplo a hipnose), percebemos que, no mesmo lugar onde sentimos a dor, também se encontra a luz e a força que habita em nós.  

O segredo conseguir atravessar a dor para chegar a essa luz e força interior. 

Partilha com quem possa fazer sentido para ti para juntos levarmos esta consciência a mais pessoas. 

12 Ensinamentos da sabedoria indígena

1. O passado não pode ser mudado

Podes é alterar o significado que deste ao que te aconteceu e isso pode mudar tudo.

2. As opiniões dos outros não te definem

Dizem até mais sobre eles do que sobre ti.

3. A vida de cada um é diferente da tua

E talvez se conhecesses tudo sobre a vida dos outros continuarias a preferir a tua.

4. Tudo melhora com o tempo

A vida é feita de ciclos de altos e baixos. Quando estiveres no alto aproveita, quando estiveres em baixo lembra-te que tudo passa e vai melhorar. E se olhares para trás percebes que os problemas que tanto te custaram energia na altura talvez hoje já nem te façam sentido.

5. As críticas dos outros dizem mais sobre eles do que sobre ti

Quem te critica não está a fazer melhor que tu. Quem se está a desafiar e a desenvolver a sua vida não tem tempo a perder para criticar os outros.

6. Pensar demasiado causa apenas tristeza

Pensar não chega, é preciso agir para avançar e não ficarmos presos no E se? É isso que causa tristeza e frustração.

7. A felicidade vem de dentro

Nada do que acontece lá fora pode preencher o vazio interno se tu não o fizeres.

8. Pensamentos positivos atraem coisas boas

É a lei da vibração que diz que atraímos as coisas que estão na mesma energia que vibramos. Coisas boas ou coisas más.

9. Os sorrisos são contagiosos

10. Gestos gentis são gratuitos

Não custam nada e fazem toda a diferença. Nunca sabemos o que a outra pessoa com quem nos cruzamos está realmente a passar na sua vida.

11. Só vais fracassar se desistires

12. Tudo o que dás recebes de volta. O sorriso é um dos melhores exemplo disso.

As nossas crenças definem a nossa realidade

Aquilo em que acreditas influencia a tua percepção do mundo à tua volta e a forma como reages ao que te acontece e vives a tua vida.

São as tuas crenças que definem a tua realidade.

A maioria delas nem temos consciência que existem, achamos simplesmente que é assim que somos.

Existem 3 tipos de crenças e que podem ser cada uma delas limitadoras ou possibilitadoras:

Identidade: Quem é que eu sou?

Aquilo que acredito que eu sou vai levar-me a fazer coisas alinhadas com o que acredito.

Capacidade: O que sou capaz de fazer?

Aquilo que acredito sobre as minhas aptidões e competências leva-me a fazer o que acredito que sou capaz. Se não acredito nem vou tentar.

Merecimento: O que eu mereço?

Inconscientemente se não acredito que mereço vou sabotar-me.

É o tipo de crença mais desafiante porque todos nós acreditamos que precisamos de fazer ou ter algo para merecermos algo: até o amor das pessoas que nos rodeiam – na infância aprendemos que somos bom menino ou boa menina quando fazemos o que os pais ou os avós querem.

Estas crenças vêm da nossa família, das nossas experiências de vida e da sociedade onde estamos inseridos. O País e o meio social onde nascemos por exemplo impacta muito as nossas crenças.

É por isso que é tão importante perceber quais são as crenças que estão enraizadas, que nos podem estar a limitar.

A partir do momento em que te tornas consciente sobre quem acreditas ser, o que acreditas ser capaz e o que acreditas merecer começa a ser possível trabalhares estas crenças.

Diariamente, com pequenos passos, e com a consciência de que não é um processo simples. Não há botões mágicos.

O primeiro passo é consciência. A partir daí, é um caminho interior de desenvolvimento pessoal.

Estou deste lado se sentires que está na hora de olhares para ti e elevares o teu nível de consciência sobre as tuas crenças 🙌

Porque fazemos o que fazemos?

Uma das razões que justificam os nossos comportamentos são as nossas necessidades emocionais básicas que nos levam a ter comportamentos que satisfazem essas necessidades (e na maioria das vezes nem temos consciência do que está a acontecer).

Não importa quem sejas ou o que faças no mundo, existem uma força comum que induz e molda as nossas emoções e ações. Determina a qualidade da nossa vida e o nosso destino.

São necessidades primitivas, que foram codificadas no nosso sistema nervoso ao longo dos séculos. Embora, cada um de nós seja singular e especial, fomos todos programados da mesma maneira. 

São seis necessidades humanas – impulsos fundamentais dentro de cada um de nós – que nos forçam a seguir em frente na busca de uma vida com sentido. Não existe esforço consciente, esta busca pela satisfação destas necessidades primitivas é automática.

O que nos diferencia é que, tendo todos as mesmas, cada um de nós valoriza umas mais do que outras, fruto do condicionamento da cultura onde crescemos, da família e dos valores que nos foram passados e das experiências pelas quais passamos na nossa vida.

Todas estas necessidades podem ser satisfeitas de uma forma positiva ou negativa – por exemplo, uma pessoa pode, para satisfazer uma necessidade sacrificar a própria vida e outra, para satisfazer a mesma necessidade fazer mal a outro ser humano.  

 1.Necessidade de Certeza

Todos procuramos certeza e segurança nas nossas necessidades básicas: casa, comida e outros recursos materiais.

Quando as pessoas não conseguem controlar as circunstâncias físicas à sua volta, podem procurar a certeza através de um estado de espírito (fé religiosa por exemplo).

2.Incerteza ou Variedade

Todos temos necessidade de alguma incerteza e variedade na nossa vida. Imagina o que seria saberes que a partir de agora ias todos os dias comer arroz com ovo e que as tuas rotinas seriam todos os dias as mesmas: jantar o mesmo, ver a mesma coisa na Netflix ou na TV, ir para a cama à mesma hora… muito aborrecido concordas?

É por isso que procuramos mudança através de vários meios: mudança cenário, atividade física, entretenimento, comida, etc.  

3. Significância

Todos precisamos de nos sentir especiais e importantes de alguma forma e, por isso, as pessoas procuram significância através do reconhecimento dos outros ou de si mesmas.

Quando se sentem insignificantes, podem usar a raiva, uma doença ou a complexidade dos seus problemas como forma de chamarem a atenção para si e se sentirem importantes.

4. Conexão e Amor

Precisamos de nos sentir conectados com algo ou alguém – uma pessoa, um ideal, um hábito ou algo que no dê sentido de identidade.

Esta conexão pode ser através do amor ou de um sentimento de pertença ou espiritual.

É devido a esta necessidade que nos ligamos tantas vezes a grupos específicos de algo que nos toca ou a clubes desportivos, é uma forma de nos sentirmos conectados e ligados a algo.

5. Crescimento e Evolução

Tudo o que existe, ou está a crescer ou a morrer.

Não importa o dinheiro que tenhamos, as pessoas que nos reconhecem ou o que já conquistamos. A menos que tenhamos o sentimento de estar a crescer e a evoluir não nos vamos sentir satisfeitos conosco e com a nossa vida.

6. Contribuição

Todos temos uma profunda necessidade de ir além de nós mesmos e viver uma vida que contribua para um bem maior. Podemos satisfazer através da família, do legado que deixamos ou da solidariedade e contribuição na sociedade.

Quando o fazemos, experimentamos a verdadeira alegria e realização e é por isso que a contribuição é o segredo primordial para a felicidade que tantas pessoas desejam nas suas vidas.

Todo o comportamento positivo ou negativo tem apenas como objetivo satisfazer alguma destas necessidades e existe sempre uma maneira de fazer isso, positiva ou negativa.

O segredo está em entender as nossas necessidades e a forma como as estamos a satisfazer (que por vezes e em conflito não está a contribuir para que consigas algo que queres muito na tua vida) e consigamos arranjar uma forma alternativa de sentir mais prazer e alinhamento conosco.

Estou deste lado se quiseres saber mais ou precisares de ajuda melhorar os comportamentos que usas para satisfazer as tuas necessidades emocionais (que na maioria das vezes são inconscientes).

Como cuidas da tua energia física, mental e emocional?

Se imaginares que as tuas energias física, mental e emocional são como uma pilha que carregas durante a noite e vai descarregando ao longo do dia, não vais querer desperdiçá-la com coisas que não te ajudam, pois não?

Protegeres a tua energia para poderes chegar ao final do dia e poderes estar bem para ti e para a tua família é das melhores coisas que podes fazer contigo. 

Deixo-te algumas sugestões para cuidares melhor de ti e da tua energia:
 

1. Não prometas o que não tens a certeza de conseguir cumprir (a ti próprio e aos outros) e cumpre com a tua palavra


2. Aprende a dizer não quando não te fizer sentido dizer sim (existem várias técnicas para melhorar a tua assertividade e capacidade de dizer não sem culpa)
 
3. Afasta-te o mais possível de pessoas que só se sabem queixar e se em alguns momentos não for possível, faz por conscientemente assumir o rumo da conversa com perguntas direcionadas para um tema mais leve e neutro.

Lembra-te disto: quem faz as perguntas lidera a conversa e se não te interessa ir por ali, direciona para outro assunto.
 
4. Dá prioridade à tua saúde

Sem a tua máquina a trabalhar corretamente não consegues ter energia para tudo o que queres. Ouve o teu corpo e faz uma pausa quando sentes que o teu corpo está a pedir.  Por vezes, uma caminhada de 10 min a meio da manhã ou à hora almoço faz milagres.

Experimenta o que funciona contigo para que o final do dia não seja apenas o momento de descansar, mas também de aproveitar esses momentos da melhor forma e com a melhor energia possível.

Estou deste lado se precisares de ajuda no teu processo de desenvolvimento pessoal.

Olga

Sobre o tempo…

De que forma usamos o nosso tempo


“Um professor, durante a sua aula de filosofia sem dizer uma palavra, pega num frasco de maionese e esvazia-o.

Tirou a maionese e encheu-o com bolas de Golf.
A seguir perguntou aos alunos se o frasco estava cheio. Os estudantes responderam sim.

Então o professor pegou numa caixa cheia de pedrinhas e meteu-as no frasco de maionese. As pedrinhas encheram os espaços vazios entre as bolas de Golf. O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim.

Então o professor pegou noutra caixa…uma caixa cheia de areia e esvaziou-a para dentro do frasco de maionese. Claro que a areia encheu todos os espaços vazios e uma vez mais o professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio. Nesta ocasião os estudantes responderam em uníssono: “Sim !”

De seguida o professor acrescentou 2 chávenas de café ao frasco e claro que o café preencheu todos os espaços vazios entre a areia.
Os estudantes nesta ocasião começaram a rir…mas repararam que o professor estava sério e disse-lhes:

QUERO QUE SE DÊEM CONTA QUE ESTE FRASCO REPRESENTA A VIDA.

As bolas de Golf são as coisas Importantes: A FAMÍLIA, a SAÚDE, os AMIGOS, tudo o que É REALMENTE IMPORTANTE NA NOSSA VIDA. São coisas que mesmo que se perdêssemos tudo o resto, as nossas vidas continuariam cheias.
As pedrinhas são as outras coisas que importam como: o trabalho, a casa, o carro, etc.
A areia é todo o resto, as pequenas coisas.
Se puséssemos primeiro a areia no frasco, não haveria espaço para as pedrinhas nem para as bolas de Golf. O mesmo acontece com a vida.
Se gastarmos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teremos lugar para as coisas realmente importantes.
Presta atenção às coisas que são cruciais para a tua Felicidade:

Tempo para cuidares de ti e da tua saúde.

Tempo para brincares com os teus filhos

Tempo para namorar e criar momentos e rituais de casal e em família

Tempo para uma boa conversa e diversão com os teus amigos.

Haverá sempre tempo para trabalhar, limpar a casa ou limpar o carro…

Ocupa-te das bolas de Golf primeiro, que representam as coisas que realmente importam.
Estabelece as tuas prioridades, o resto é só areia…

Entretanto, um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que representava então, o café.

O professor sorriu e disse:

O café é só para vos demonstrar, que não importa o quanto a nossa vida esteja ocupada, sempre haverá espaço para um café com um amigo.”

Desconheço o autor mas partilho porque adorei a história e é uma excelente metáfora para quando as coisas na vida parecem demasiado, quando 24 horas por dia parecem não ser suficientes podermos relembrarmo-nos do que é realmente importante ❤️

Como ter mais coragem na sua vida?

O medo é um sentimento protetor, um estado de alerta fisiológico que nunca vamos deixar de sentir. É uma descarga neurológica para a preservação da espécie humana.

Alerta-nos para o perigo. É graças a ele que nos afastamos por exemplo de um animal selvagem e evitamos ser comidos por ele.

Coragem

Este medo protetor é positivo na nossa vida, mas quando está em desequilíbrio, pode tornar-se num bloqueio que não nos permite avançar.

Principalmente quando falamos de medos emocionais. E os maiores medos do ser humano são mesmo emocionais:

Medo de não ser suficientemente bom

Medo de não ser amado

Consegue entender como é que estes dois medos o podem paralisar?

Se não me sinto suficientemente bom, não vou sequer tentar fazer porque se não acredito que vou conseguir, então para quê tentar?

Se tenho medo de não ser amado, vou fazer tudo a minha volta para conseguir sentir o amor e reconhecimento das pessoas que amo e deixo de ter coragem para ser eu próprio, assumir o que gosto, o que não gosto, dar a minha opinião e fazer a minha vida alinhado com quem quero ser…

É aqui que entra a Coragem.

A palavra coragem tem origem no latim coraticum, e é composta pela palavra cor, que significa “coração”, e pela palavra atrium, que significa “ação”. A palavra coragem significa então, “ação pelo coração” já que nesta altura se acreditava que era deste órgão que a coragem surgia.

Muitas vezes, apenas damos conta da nossa coragem quando não temos outra solução a não ser avançar apesar de todos os medos.

Para mim, coragem não é ausência do medo, mas a capacidade de avançar apesar do medo. Acreditar que vou conseguir lidar com tudo o que aconteça e avançar.

E se coragem é agir com o coração, como podemos olhar para este medo com mais amor e compaixão pelo que se passa dentro de cada um de nós?

Para conseguirmos aceitar e honrar a nossa história e os nossos medos e não deixarmos que nos paralisem?

Se o medo e a coragem andam de mãos dadas e o medo faz parte da mudança que nos leva para algo novo, de que forma podemos fazer do medo um aliado em vez de um adversário para usar como alavanca para avançar?

Se deixar a armadura e perceber que a sua vulnerabilidade se pode tornar numa força, se aceitar que não precisa de se mostrar forte em todos os momentos… então talvez possa usar essa energia nos momentos decisivos em que mais precisa dela…

Dicas práticas para trazer mais coragem

Crie momentos de conexão consigo mesmo

Se coragem é agir com o coração como já falamos, preste atenção ao que sente.

Ser fiel a si mesmo e aos seus sentimentos leva-o a caminhar para onde quer ir e assumir isso já é um grande sinal de coragem.

Dedique uns momentos do seu dia a estar sozinho, em silêncio para conseguir ouvir o que lhe diz o seu coração.

Desafie-se a experimentar algo novo

A melhor forma de ensinar o seu corpo, a sua mente e o seu coração a ter mais coragem e lidar com algo novo é fazer algo novo. Alguma coisa que nunca tenha experimentado e que tenha vontade de fazer.

Pode ser alguma coisa pequena, que treine o seu cérebro a lidar com a novidade e a viver o momento presente. Pode ser até escovar os dentes com a outra mão, experimentar cozinhar algo diferente ou dormir com a cabeça para os pés da cama. 😊

Faça uma lista de pelo menos 50 coisas que gostava de fazer e defina uma data para fazer uma delas

Escreva num papel o que gostava realmente de fazer, mas ainda não teve coragem.

Só o facto de assumir que tem medo, mas que realmente gostava de fazer o que escreveu, traz compaixão, aceitação e amor consigo próprio. E, para se desafiar coloque uma data para fazer uma delas.

Espero que tenha sido uma ajuda para ter mais coragem na tua vida e estou deste lado se sentir que o posso ajudar a avançar, aceitar quem é e enfrentar os seus medos 🙌

Instalar novos hábitos

Não é fácil instalar um novo hábito.

É preciso paciência e persistência.

Quantos de nós não tentaram já começar a levantar-se mais cedo, praticar exercício físico ou começar a ler mais por exemplo. E até começaram bem mas ao fim de três ou quatro dias já desistiram?

Começar é fácil, difícil é manter.

Existem hábitos que demoram em média 21 dias como também já deve ter ouvido falar, no entanto não funciona assim nem para todos os hábitos nem para todas as pessoas.

Alguns demoram bastante mais, depende sempre do hábito que quer implementar e da importância e diferença que esse hábito vai fazer na sua vida.

Novos hábitos

É muito importante que tenha presente a razão pela qual querer implementar esse hábito e o que vai mudar a partir desse momento.

Um hábito é uma ação e se não tem claro qual é a ação concreta diária que vai fazer será um grande desafio manter a consistência.

Por exemplo, imagine que quer beber mais água. Precisa de definir a quantidade de água que vai beber e ter forma de medir se está a conseguir. Pode por exemplo encher 2 garrafas de 1,5l de manhã e ter sempre uma ao pé de si para medir e controlar como está a correr ao longo do dia.

O cérebro do ser humano detesta confusão e precisa de saber concretamente o que é para fazer e em que precisa de estar concentrado.

Dicas concretas para ajudar na implementação de novos hábitos

1- Defina claramente qual o hábito que quer implementar

Não tente mudar vários de uma vez porque vai precisar de foco e disciplina e a sua força de vontade tem limites.

Existem hábitos que chamamos de angulares que, depois de implementados, promovem mudanças em outras áreas que não têm necessariamente ligação com o hábito como é o caso de caminhar. A tendência é para começar a dormir mais cedo e melhor e consequentemente também cuidar melhor de si e da sua alimentação.

Para muitas pessoas, o mero fato de praticarem exercício físico diariamente também promove mudanças na qualidade da sua concentração no seu trabalho, nos seus relacionamentos e em outras áreas da vida.

Por é que isso acontece? Porque o exercício físico é um hábito angular, que promove mudanças para além da área que ele atua. Podemos dizer que os hábitos angulares provocam um efeito dominó.

2- Identifique o gatilho, a rotina e a recompensa

Todos os hábitos, bons ou maus têm na sua base um gatilho, a rotina (que é o hábito em si) e uma recompensa. E um dos truques numa fase inicial é facilitar o gatilho e a recompensa de uma forma que lhe faça sentido, no final de cumprir a rotina que definiu.

Imagine que quer levantar-se e fazer exercício físico. Pode deixar os ténis ao pé da cama ou dormir já com a roupa de treino vestida como gatilhos para facilitar. E pode recompensar-se no final com um pequeno almoço diferente por exemplo.

Precisa de descobrir o que funciona consigo para que o consiga implementar o mais rápido e facilmente possível.

3- Comece com um hábito fácil e vá aumentando aos poucos

Pegando no exemplo que falamos do exercício físico, o mais difícil é calçar os ténis e sair de casa.

Se negociar consigo que vais ser apenas durante 10 minutos, torna-se mais fácil iniciar o processo. Ou pode definir que inicialmente vai fazer apenas 3 vezes por semana e definir dias e horas para tal.

Perceba o que pode ser a sua forma de lidar e implementar essa nova rotina e teste o que funciona consigo.

4- Aprenda a lidar com os seus sabotadores

Todos nós temos sabotadores internos que nos impedem muitas vezes de concretizar o que queremos na nossa vida e na instalação de um hábito acontece muitas vezes eles virem ao de cima. É por isso importante que se conheça e saiba o que o pode bloquear para poder ter consciência e lidar com isso.

Estes sabotadores podem ser variados, desde comentários de alguém próximo que não o ajudam, redes sociais, o snooze do despertador, o hábito que já tem de deixar para amanhã, o Netflix entre outros.

Cada um de nós melhor que ninguém sabe o que nos sabota e nos coloca num estado emocional em que desiste daquilo que definiu que ia fazer.

5- Aceite que pode haver dias que não lhe apetece

É importante que se respeite e se aceite com falhas e quedas pelo caminho.

E aqui relembro a importância de ter presente porque quer implementar esse hábito na tua vida.

O seu PORQUÊ. É ele que lhe vai dar força para recomeçar.

Recomece as vezes que forem necessárias.

Até entrar no seu sistema e fazer parte da sua identidade. 🙌

Sobre confiar em si e na vida

O que o está a impedir de ir para outro patamar na tua vida?

De parar e criar um plano para transformar a sua vida numa que realmente goste de viver?

Que padrões de pensamento, sentimento e comportamento tem hoje, que não o estão a ajudar a SER, FAZER e TER o que quer?

Eu acreditei durante muito tempo que não era capaz.

É um dos maiores medos do ser humano. Não ser capaz. Não conseguir ser a pessoa que tem de ser para chegar lá.

Estes padrões vêm muitas vezes dos nossos pais, da escola, do modo como crescemos e fomos educado. Foi através do Coaching e da Programação Neurolinguística que percebi que eu era a minha maior inimiga.

Que se quero ser melhor, tenho de fazer melhor.

A confiança vem de fazer. Quanto mais faz mais confiança ganha.

Pode acontecer, como senti na pele, que tenha de trabalhar a sua confiança.

Que tenha de ir a raiz das suas crenças que o estão a limitar para conseguir sair desse estado emocional e transformar a fraqueza em força.

É por isso que muitas pessoas entram num processo de Coaching. Porque traz a confiança de saber que consegue lidar com tudo o que precisa lidar para chegar a vida que quer para si. Umas vezes melhor outras pior mas conseguimos lidar com o que quer que apareça.

Trabalhamos passo a passo em conjunto para chegar lá.

Quando fizer sentido estou deste lado para o ajudar.

Porque se está a ler isto, talvez já esteja cansado de uma vida mais ou menos…

Clareza é a base

Como diz o coelhinho na historia da Alice no País da Maravilhas, se não sabe para onde vai qualquer caminho serve.

Neste caso se não sabe quem é e o que quer qualquer tipo de vida é suficiente.

Clareza

No processo de Coaching que facilito essa é a base. Saber onde está hoje, como é a sua vida e como quer que seja no futuro.

A definição que mais gosto para o que é o Coaching é “a arte e a ciência de o levar do ponto A para o ponto B”.

Começamos por trabalhar os seus valores para que se conheça e perceba porque razão está onde está hoje.

Valores são como programas mentais, na maioria das vezes inconscientes mas que o levam numa direção e o fazem ter a vida que tem.

Um exemplo: se um dos seus valores for segurança, dificilmente, sem essa consciência se vai tornar um empreendedor, mesmo que queira. Vai sempre haver o medo na raiz a bloquear.

Porque precisa de segurança financeira na tua vida. Faz sentido?

Não existem valores bons nem maus. Existe saber lidar com eles ou não. Ter consciência e respeitar-se para que, no final seja congruente e não entre em luta consigo próprio.

Quando ganha clareza de quem é e o que quer começa a ver a luz ao fundo do túnel e a perceber que passo a passo tudo é possível.