Todas as crianças já se sentiram magoadas em algum momento da infância.
Seja com traumas profundos ou infâncias saudáveis, em algum momento percepcionamos, registamos e interpretamos um evento de forma negativa, sentindo dor e ficando com uma ferida no coração.
Em algum momento da nossa infância vamos percepcionar e sentir falta de atenção, de amor, de apoio, de proteção, de inclusão…

Isso gera sentimentos de insignificância, incapacidade, falta de merecimento e falta de amor. E a partir daí, desenvolvem-se vários bloqueios.
Depois, à medida que vamos crescendo, vamos arranjando estratégias para lidar com a dor:
– A criança que recebeu muitas críticas ou disciplina mais rígida na infância, cria interiormente um crítico severo. Critica-se constantemente primeiro que tudo a ela própria porque acredita que assim se protege das críticas que vêm do exterior.
– A criança que aprendeu que o amor não é dado gratuitamente, que tem de ser “merecido” acredita que precisa de fazer algo para merecer o amor dos outros, e molda o seu comportamento na busca incessante de agradar para ser amada.
– A criança que viveu uma situação ambígua e com pouca estrutura, com vínculos percepcionados nas pessoas que a rodeiam por vezes amorosos e outras vezes duros ou insensíveis, carrega interiormente um sentimento exagerado de desconfiança em relação a tudo e a todos.
– A criança que sofreu o abuso da sua inocência, seja verbal ou físico, vai criar uma máscara protetora de “eu sou forte”, testando os outros com a sua força, nunca mostrando a sua vulnerabilidade e com muita dificuldade em pedir ajuda. Ou desenvolve outra proteção com a máscara de “eu não sinto”, bloqueando o acesso aos seus sentimentos e dando prioridade às suas capacidades mentais.
Esses bloqueios causam-nos dor, problemas nos relacionamentos, interrompem o fluir da vida e surgem nos momentos mais inoportunos ou nas decisões mais difíceis.
Vasculhar a infância na busca da raiz pode trazer medo de reviver tudo outra vez e por vezes tentamos racionalizar a achar que não temos nada para trabalhar.
Mas enquanto não nos abrirmos para ir a esses lugares onde ficaram guardadas as memórias e as dores do processo de crescer a nossa criança ferida vai permanecer sozinha num quarto escuro, a chorar porque se sente abandonada e a sentir a dor do que tentamos com tanto cuidado evitar.
Ou como tão bem disse Fernando Pessoa:
“Trago comigo as feridas de todas as batalhas que evitei.”
Sabendo que os nossos pais fizeram o melhor que souberam e conseguiram, agora conosco adultos é o momento de assumir o papel deles como nosso, encontrar essa criança, acolher a sua dor e oferecer o amor que ela precisa como início do caminho para curar as feridas.
Ao trabalharmos na resignificação dessas experiências de vida através de técnicas e exercícios conscientes e inconscientes (usando por exemplo a hipnose), percebemos que, no mesmo lugar onde sentimos a dor, também se encontra a luz e a força que habita em nós.
O segredo é conseguir atravessar a dor para chegar a essa luz e força interior e por isso tens aqui um E-Book gratuito para iniciares o teu caminho de reconexão.
Este E-Book é um convite amoroso a olhares para dentro, com compaixão e verdade.
Não se trata de reviver o passado com dor, mas sim de acolher quem foste, honrar as tuas emoções e oferecer a ti mesmo o que talvez te tenha faltado: colo, validação, aceitação e amor.
O que vais encontrar:
- Explicações simples sobre a criança interior
- Exercícios práticos
- Afirmações curativas
- Propostas de auto cuidado emocional
Descarrega agora para começares o teu caminho de cuidar das emoções da tua criança interior.