A Terapia de Regressão a Vidas Passadas é um processo terapêutico profundo que permite aceder a memórias, sensações e experiências que não pertencem necessariamente a esta vida mas que podem influenciar de forma significativa aquilo que sente, atrai e vive hoje.
Uma viagem à origem dos seus padrões, emoções e aprendizagens.
É uma ferramenta poderosa para compreender padrões repetidos, relações marcantes, medos sem explicação, bloqueios persistentes ou comportamentos que parecem surgir “do nada”, mas que podem ter uma raiz emocional mais antiga.
Porque falamos de vidas passadas?
Embora a reencarnação seja uma ideia relativamente recente no Ocidente, é uma crença ancestral em muitas culturas.
Do ponto de vista psicológico, nomes como Carl Jung trouxeram um novo olhar sobre o inconsciente e sobre a forma como a alma/psique guarda memórias simbólicas que moldam a nossa vida atual.
Se considerarmos a alma como algo contínuo, então faz sentido que carreguemos connosco histórias, aprendizagens e emoções que vão além desta encarnação.
O que acontece numa regressão?
A regressão utiliza técnicas que permitem suavizar a fronteira entre o consciente e o inconsciente sendo a hipnose a ferramenta central.
Mas outras práticas, como meditação, sonhos ou o journaling, também podem apoiar o processo.
Durante a sessão, o inconsciente conduz a pessoa à experiência mais relevante para compreender o que está a viver hoje — seja um trauma, um padrão, um relacionamento ou um talento esquecido.
É uma viagem interna que pode ajudar a:
- Compreender a origem de padrões repetidos
- Libertar emoções antigas que ainda condicionam a vida atual
- Resignificar dores profundas
- Encontrar clareza sobre relações marcantes
- Reconhecer talentos e capacidades trazidos de outras vidas
- Reconectar com propósito, missão e sentido de vida
Um olhar que amplia a compreensão da alma
No livro “Regressão a Vidas Passadas – Um Guia para Terapeutas”, Mary Lee LaBay usa uma metáfora simples:
Imagine que tem amnésia e não se lembra de nada antes dos seus 21 anos.
Como compreenderia quem é, as suas relações, os seus talentos ou os seus medos?Agora expanda essa metáfora para a alma.
Só quando acedemos à nossa história completa — ou parte dela — conseguimos entender verdadeiramente quem somos.
Quando percebemos que o nascimento não é o início da nossa existência, mas apenas uma passagem, começamos a olhar para os ciclos da vida com outra consciência. E, com isso, ganhamos liberdade para quebrar padrões que não nos servem e para recuperar aspetos positivos que estavam esquecidos.
O que pode emergir numa regressão?
A regressão costuma trazer alguma clareza sobre situações como:
- Atração constante por relações tóxicas
- Medos profundos sem explicação lógica
- Autossabotagem antes de conquistas importantes
- Padrões repetidos de rejeição, abandono ou traição
- Apego emocional a pessoas “inatingíveis”
- Sentimento de não pertencer
- Bloqueios criativos ou profissionais
- Crenças limitadoras persistentes
Por outro lado, também pode revelar:
- Talentos e capacidades de vidas anteriores
- Sabedoria interior esquecida
- A origem de dons intuitivos
- A missão da alma e o propósito desta vida
- Força interior e recursos já existentes
Cada regressão é única. Há pessoas que acedem facilmente às memórias; outras precisam de mais tempo. Uma única sessão pode trazer respostas importantes, mas para algumas pessoas é necessário um processo mais profundo.
Como funciona o processo?
Numa primeira consulta, o processo de Regressão a Vidas Passadas desenvolve-se ao longo de três sessões.
Na primeira sessão, exploramos a questão, desafio ou intenção que te leva a procurar esta terapia, criando o alinhamento necessário para o trabalho que se segue.
A segunda sessão é dedicada à experiência de regressão propriamente dita, onde acedemos às memórias e conteúdos que o teu inconsciente está pronto a revelar.
Na terceira sessão, integramos a experiência vivida, refletindo sobre o simbolismo, as emoções e os insights que surgiram, para que possam ser compreendidos e aplicados de forma consciente na tua vida atual.
Nas sessões seguintes se te fizer sentido aprofundar o processo funciona com duas sessões: a experiência da regressão e a sessão de integração posterior.
O inconsciente escolhe a memória certa, no momento certo, para revelar o que precisa de ser visto e compreendido.
Não é reviver traumas:
É revisitar com consciência, para libertar, resignificar e integrar.
É um processo seguro, profundo e sempre realizado ao ritmo da pessoa.
Quer aprofundar mais?
Se este tema desperta curiosidade, recomendo explorar o trabalho do Dr. Brian Weiss, um dos maiores especialistas da área.
O livro “Muitas Vidas, Muitos Mestres” é um excelente ponto de partida.
Se sentir que este é o seu momento estou deste lado para esclarecer dúvidas ou ajudá-lo a perceber se a regressão faz sentido no seu percurso terapêutico.
Olga Louro 